Muito se fala sobre os "tipos de orgasmo feminino/de pessoas com vulva": vaginal, clitoriano, anal, misto, múltiplo... Mas será que eles realmente existem de forma tão separada? Ou será que nosso corpo sente o prazer de formas diferentes, ainda que o ponto de origem seja o mesmo?

 

Se você já se perguntou isso, este texto é para você, deusa. Vamos falar de corpo, de ciência e de prazer — sem mitos, com acolhimento e com informação de qualidade.

O clitóris: o centro do prazer

A ciência tem confirmado nos últimos anos algo que muitas mulheres já sabiam na pele (ou no toque): o clitóris é o principal órgão do prazer na anatomia feminina. E não, ele não é só aquela pontinha visível. Internamente, o clitóris se ramifica e envolve outras regiões, como a entrada da vagina e o canal vaginal. Ou seja: até quando você sente um “orgasmo vaginal”, quem está por trás dele é ele — o clitóris.

 

Um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine (2011) reforça que o clitóris, a vagina e a uretra estão funcionalmente conectados, fazendo parte de um complexo chamado "clitouretrovaginal". Isso explica por que algumas pessoas sentem prazer intenso com penetração: há sim sensações reais, mas o gatilho ainda está nas terminações nervosas do clitóris.

E os tais "tipos" de orgasmo?

Quando falamos em tipos de orgasmo, na verdade estamos falando em formas diferentes de estimular o corpo até o ápice do prazer. Veja alguns exemplos:

  • Orgasmo clitoriano: o mais comum, causado pela estimulação direta do clitóris externo.

  • Orgasmo vaginal: acontece com a penetração, geralmente quando a parte interna do clitóris é estimulada.

  • Orgasmo anal: a região anal tem muitas terminações nervosas e pode também estimular indiretamente o clitóris.

  • Orgasmo mamilar: sim, há quem chegue lá com estímulos nos mamilos — e adivinha? O cérebro é o principal aliado nesse processo.

  • Orgasmo múltiplo: quando há mais de um clímax em sequência, sem perda de excitação.

 

Mas o ponto mais importante aqui é: todos esses caminhos passam por uma mesma estrada neural — a que conecta o clitóris ao cérebro. Isso não anula as experiências individuais, mas nos ajuda a entender que não existe uma hierarquia entre orgasmos, nem um “melhor” ou “mais real”.

O que isso muda na prática?

Tudo. Essa visão mais integrada do prazer ajuda a libertar do mito de que existe um orgasmo “certo” — especialmente o vaginal, que por muito tempo foi colocado como o ápice da maturidade sexual. A verdade? Você não precisa gozar com penetração para estar completa!

E como descobrir o seu jeito de gozar?

Autoconhecimento, deusa. Tocar-se, experimentar diferentes tipos de estimulação, usar brinquedos sexuais (como um bom vibrador clitoriano) e, principalmente, entender que seu prazer não precisa seguir roteiro nenhum.

E fica o convite: explore seu corpo com carinho e curiosidade. O prazer é seu, e ele mora todinho dentro de você!

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